Gás metano é bombeado para uma câmara de combustão na taxa de 200 Ls1\pu{200 L.s-1} em 25 °C\pu{25 \degree C} e 1,5 atm\pu{1,5 atm}. Ar é adicionado à câmara a 1 atm\pu{1 atm}, na mesma temperatura, e a reação de combustão é iniciada. Para garantir que todo o metano sofra combustão, a quantidade de oxigênio bombeada é três vezes maior que a quantidade necessária para a combustão completa de todo o metano.

Na corrente de exaustão, 95%95\% do carbono estava na forma de monóxido e o restante na forma de dióxido de carbono.

A norma técnica para essa categoria de equipamento preconiza que a fração molar de monóxido de carbono na corrente de saída seja menor que 2%2\%.

  1. Determine a vazão de ar necessária para fornecer a quantidade de oxigênio necessária.

  2. Verifique se a concentração de monóxido de carbono na corrente de saída está na faixa permitida.

Gabarito 2C.37

Base de cálculo: 1 segundo Cálculo do número de mols de metano: PV=nRT\ce{PV = nRT} (1,5 atm)(200 L)=n(0,082atmLmolK)(298 K)(\pu{1,5 atm})(\pu{200 L})=n(0,082\frac{\pu{atm L}}{\pu{mol K}})(\pu{298 K}) nCHX4=12,3 moln_\ce{CH4}=\pu{12,3 mol} A combustão completa é a seguinte: CHX4(g)+2OX2(g)COX2(g)+2HX2O(l)\ce{CH4(g) + 2O2(g) -> CO2(g) + 2H2O(l)} Pela estequiometria: nCHX41=nOX22\frac{n_\ce{CH4}}{1}=\frac{n_{\ce{O2}}}{2} nOX2=24,6 moln_{\ce{O2}}= \pu{24,6 mol} Cálculo da quantidade de oxigênio lembrando que ela é 3 vezes maior que a quantidade mínima necessária para combustão completa: nOX2=324,6=73,8 moln_\ce{O2}=3\cdot24,6=\pu{73,8 mol} Cálculo do número de mols de ar lembrando que 1 mol de ar possui 0,2 mol de OX2\ce{O2} e 0,8 mol de NX2\ce{N2} : nar5=nOX21\frac{n_{\ce{ar}}}{5}=\frac{n_\ce{O2}}{1} nar=369 moln_\ce{ar}=\pu{369 mol} Cálculo do vazão de ar necessária: PV=nRT\ce{PV = nRT} (1atm)V=(369 mol)(0,082atmLmolK)(298 K)(\ce{1 atm})\ce{V}=(\pu{369 mol})(0,082\frac{\pu{atm L}}{\pu{mol K}})(\pu{298 K}) V=9000 Ls1\boxed{\ce{V =}\pu{9000 L s-1}} 5% do carbono está na forma de CO\ce{CO} e 95% está na forma de COX2\ce{CO2} então nossa reação de combustão será a seguinte: 100CHX4(g)+3052OX2(g)95CO(g)+5COX2(g)+200HX2O(l)\ce{100CH4(g) + 305/2O2(g) ->95 CO(g) + 5 CO2(g) + 200H2O(l) } Cálculo do número de mols de oxigênio que foi consumido necessário a partir da estequiometria: nCHX4100=nOX23052\frac{n_\ce{CH4}}{100}=\frac{n_\ce{O2}}{\frac{305}{2}} nOX2=18,8 moln_\ce{O2}=\pu{18,8 mol} Cálculo do número de mols de oxigênio restante: nOX2,exc=73,818,8=55 moln_\ce{O2,exc}=73,8-18,8=\pu{55 mol} Cálculo do número de mols de nitrogênio: nOX21=nNX24\frac{n_{\ce{O2}}}{1}=\frac{n_{\ce{N2}}}{4} nNX2=295,2 moln_{\ce{N2}}=\pu{295,2 mol} Cálculo do número de mols CO\ce{CO} e COX2\ce{CO2} gerados pela estequiometria: nCHX4100=nCO95=nCOX25\frac{n_{\ce{CH4}}}{100}=\frac{n_{\ce{CO}}}{95}=\frac{n_{\ce{CO2}}}{5} nCO=11,7 moln_\ce{CO}=\pu{11,7 mol} nCOX2=0,6 moln_{\ce{CO2}}=\pu{0,6 mol} Cálculo da fração molar de CO\ce{CO} : fXCO=nCOntotal\ce{f_{\ce{CO}}}=\frac{n_{\ce{CO}}}{n_\text{total}} fXCO=11,70,6+11,7+55+295,2\ce{f_{\ce{CO}}}=\frac{\pu{11,7}}{0,6+11,7+55+295,2} fXCO=3,2%>2%\ce{f_{\ce{CO}}}=3,2\%>2\% Portanto a concentração não está dentro da faixa permitida.